quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Novas orientações para o controle do colesterol

As novas orientações da American College of Cardiology e da American Heart Association surpreenderam a comunidade médica porque abandonam as metas de LDL-colesterol para a prevenção primária e secundária das doenças cardiovasculares e aumentam o número de casos nos quais a estatina é recomendada.
Atualmente, recomenda-se o uso de estatinas para indivíduos com:
  • Diagnóstico de doenças cardiovasculares;
  • Apresentando concentrações de LDL igual ou superior a 190 mg/dl;
  • Idade superior a 40 anos e diagnóstico de diabetes tipo 2;
  • Idade superior a 40 anos e apresentando risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares superior a 7,5% em 10 anos.
As diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para pacientes com alto risco de doenças cardiovasculares, também reduzem para 70 mg/dL o limite considerado saudável para o LDL-colesterol, sendo anteriormente utilizado como meta os valores abaixo de 100 mg/dL. Assim, a estatina é prescrita para pacientes com pequena elevação do colesterol.
Ambas as recomendações dão ênfase a este medicamento porque evidências científicas mostram que a estatina é o medicamento farmacológico com maior impacto na redução do colesterol.  Elas bloqueiam a enzima hidroxi-metil-glutaril-CoA redutase, reduzindo a síntese endógena do LDL colesterol.

No entanto, há efeitos colaterais associados à droga, havendo outros métodos que poderiam ser primeiramente utilizados para a prevenção das doenças cardiovasculares (dieta saudável e pratica regular de exercícios físicos).


 
 
Referência: Stone NJ, Robinson J, Lichtenstein AH, et al. 2013 ACC/AHA Guideline on the Treatment of Blood Cholesterol to Reduce Atherosclerotic Cardiovascular Risk in Adults: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2013. doi:10.1016/j.jacc.2013.11.002. [Epub ahead of print]


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