As novas orientações da American College
of Cardiology e da American Heart Association surpreenderam a comunidade médica
porque abandonam as metas de LDL-colesterol para a prevenção primária e
secundária das doenças cardiovasculares e aumentam o número de casos
nos quais a estatina é recomendada.
Atualmente, recomenda-se o uso de
estatinas para indivíduos com:
- Diagnóstico de doenças cardiovasculares;
- Apresentando concentrações de LDL igual ou superior a 190 mg/dl;
- Idade superior a 40 anos e diagnóstico de diabetes tipo 2;
- Idade superior a 40 anos e apresentando risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares superior a 7,5% em 10 anos.
As diretrizes da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, para pacientes com alto risco de doenças cardiovasculares, também
reduzem para 70 mg/dL o limite considerado saudável para o LDL-colesterol,
sendo anteriormente utilizado como meta os valores abaixo de 100 mg/dL. Assim,
a estatina é prescrita para pacientes com pequena elevação do colesterol.
Ambas as recomendações dão ênfase a este
medicamento porque evidências científicas mostram que a estatina é o
medicamento farmacológico com maior impacto na redução do colesterol. Elas bloqueiam a enzima hidroxi-metil-glutaril-CoA
redutase, reduzindo a síntese endógena do LDL colesterol.
No entanto, há efeitos colaterais
associados à droga, havendo outros métodos que poderiam ser primeiramente
utilizados para a prevenção das doenças cardiovasculares (dieta saudável e
pratica regular de exercícios físicos).
Referência: Stone NJ, Robinson
J, Lichtenstein AH, et al. 2013 ACC/AHA Guideline on the Treatment of Blood
Cholesterol to Reduce Atherosclerotic Cardiovascular Risk in Adults: A Report
of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on
Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2013. doi:10.1016/j.jacc.2013.11.002. [Epub ahead of
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