Segundo
Christophe Pelletier “Nunca vamos abrir mão do prazer de preparar uma refeição,
mesmo que seja usando uma impressora e não um fogão. A combinação de aromas e
cores de um prato e o convívio ao redor da mesa com a família e os amigos são
tão importantes hoje quanto há 3.000 anos". No entanto, isto não é consenso entre
pesquisadores. Em entrevista, Zhikang Li discorda salientando que algumas
tradições vão mudar porque não teremos comida suficiente, sendo necessário o
plano alimentar ser composto por alimentos “mais resistentes” (tais como grãos
geneticamente modificados).
Morgaine
Gaye, professora na Nottingham Trent University, também acredita que "Não
vamos conseguir produzir carne em quantidade suficiente para toda a população.
Os bifes como conhecemos hoje vão ser raros e caros”
A
reportagem destaca que também uma
das soluções mais viáveis para o problema da demanda global por proteínas nas
próximas décadas está nos insetos, sendo destacadas vantagens em seu consumo:
- Insetos são ricos em proteínas, pouca gordura e boas doses de cálcio e ferro.
- São animais fáceis de criar (ocupam pouco espaço, consomem menos água e se reproduzem com facilidade).
- Há variedade (de acordo com a Food and Agriculture Organization, existem cerca de 900 espécies diferentes comestíveis, sendo consumidos em muitos países. Exemplos: japoneses comem vespas, os tailandeses gostam de grilos, os africanos cozinham larvas e os chineses vendem espetinhos de gafanhotos nas ruas).

Figura retirada da animação "Tá Chovendo Hambúrguer" (2009).

A
Nasa está investindo no projeto do engenheiro mecânico Anjan Contractor, que
está desenvolvendo formas de transformar carboidratos, proteínas e nutrientes
em pós, que poderão ser misturados de acordo com o gosto do cliente. Seria
prático para os astronautas, que poderiam comer pizza no espaço, e também para
as residências: pessoas de idade ou com dificuldade de locomoção, por exemplo,
poderiam cozinhar sem esforço.
Segundo
a Business Week, a rede americana de fast food Taco Bell deixou de lado a
palavra carne em seus novos pratos, substituindo-a simplesmente por
"proteína". Seria essa uma forma de se antecipar ao advento da carne
sintetizada?
Fonte: postagem da revista VEJA de 01/07/2013 - 08:35. Seção Ciência. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-comida-do-futuro