sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Comida do futuro?"


          A postagem de 01/07/2013 da REVISTA VEJA discute como será a alimentação humana daqui há alguns anos.

         Segundo Christophe Pelletier “Nunca vamos abrir mão do prazer de preparar uma refeição, mesmo que seja usando uma impressora e não um fogão. A combinação de aromas e cores de um prato e o convívio ao redor da mesa com a família e os amigos são tão importantes hoje quanto há 3.000 anos". No entanto, isto não é consenso entre pesquisadores. Em entrevista, Zhikang Li discorda salientando que algumas tradições vão mudar porque não teremos comida suficiente, sendo necessário o plano alimentar ser composto por alimentos “mais resistentes” (tais como grãos geneticamente modificados).

         Morgaine Gaye, professora na Nottingham Trent University, também acredita que "Não vamos conseguir produzir carne em quantidade suficiente para toda a população. Os bifes como conhecemos hoje vão ser raros e caros

          A reportagem destaca que também uma das soluções mais viáveis para o problema da demanda global por proteínas nas próximas décadas está nos insetos, sendo destacadas vantagens em seu consumo:
  • Insetos são ricos em proteínas, pouca gordura e boas doses de cálcio e ferro.
  • São animais fáceis de criar (ocupam pouco espaço, consomem menos água e se reproduzem com facilidade).
  • Há variedade (de acordo com a Food and Agriculture Organization, existem cerca de 900 espécies diferentes comestíveis, sendo consumidos em muitos países.  Exemplos: japoneses comem vespas, os tailandeses gostam de grilos, os africanos cozinham larvas e os chineses vendem espetinhos de gafanhotos nas ruas).
 
           Para vencer a resistência da população em comer insetos, os holandeses estudam usar insetos como base para produzir carne processada, como hambúrgueres e almôndegas, mas os experimentos ainda estão sendo realizados de forma precária e os mais promissores são os de desenvolvimento de hambúrgueres usando impressoras 3D.
Figura retirada da animação "Tá Chovendo Hambúrguer" (2009).
 

                Assim, o preparo dos alimentos também vai mudar e ficar mais parecido com a cozinha dos Jetsons (desenho criado na década de 60 que retratava uma família futurista e no qual a comida era produzida por computadores).
 
Desenho "The Jetsons" - Hanna Barbera
 
 
           A Nasa está investindo no projeto do engenheiro mecânico Anjan Contractor, que está desenvolvendo formas de transformar carboidratos, proteínas e nutrientes em pós, que poderão ser misturados de acordo com o gosto do cliente. Seria prático para os astronautas, que poderiam comer pizza no espaço, e também para as residências: pessoas de idade ou com dificuldade de locomoção, por exemplo, poderiam cozinhar sem esforço.
 
            Segundo a Business Week, a rede americana de fast food Taco Bell deixou de lado a palavra carne em seus novos pratos, substituindo-a simplesmente por "proteína". Seria essa uma forma de se antecipar ao advento da carne sintetizada?
 
Fonte: postagem da revista VEJA de 01/07/2013 - 08:35. Seção Ciência. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-comida-do-futuro