sábado, 1 de agosto de 2015

Pílula que permite a ingestão de glúten por pacientes com doença celíaca

Estudantes do ensino médio da AMIT Bar Ilan em conjunto com outros estudantes da Ulpanit (ambas em Netanya – Israel) foram premiados pela Ness Technologies por desenvolverem uma nano partícula capaz de isolar as partículas do glúten e envolvê-las em uma membrana única para que o organismo as identifique como resíduos e as expulsem do organismo, permitindo assim a ingestão de alimentos contendo glúten por celíacos.

Essa nanopartícula é composta por uma substância presente na gema do ovo que impede a absorção de gliadina (componente do glúten que dispara a reação imunológica ao entrar em contato com a mucosa intestinal). Os anticorpos da gema revestem o glúten e permitem que passe pelo trato gastrointestinal sem causar danos.

Embora não seja a cura, o desenvolvimento da pílula seria uma maneira de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos celíacos porque o único tratamento até o momento é a dieta isenta de glúten.

Os pesquisadores advertem que os celíacos deverão continuar com a dieta isenta de glúten e a pílula deverá ser usada apenas em momentos esporádicos (ex: festas, confraternizações ou impossibilidade de conseguir alimentos sem glúten).

Apesar de ainda em teste (o estudo de eficácia deverá ocorrer no próximo ano), os alunos recomendam que a pílula deva ser ingerida cinco minutos antes da alimentação, mantendo o efeito por duas horas. Após a verificação da eficácia da pílula, a mesma deverá ser testada e aprovada pelo Food and Drug Association (Estados Unidos), European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (Europa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil), entre outros países.